29 de agosto de 2010

Educação ,a Solução está no afeto !




                  A proposta do autor é uma "revolução educacional" pautada no afeto como solução para quebrar o paradigma da indiferença que permeia a relação educador-educando. Propõe que a empatia, é fundamental na formação de cidadãos capazes de interferir com reflexões e ações no meio o qual estão inseridos, e assim colaborar para a construção de uma sociedade mais justa e verdadeiramente democrática.

Observa-se que a familía se desponta como uma entidade ameaçada.Ela é a célula mãe da sociedade.A criança e o jovem que não são norteados por valores, pela ética, que não têm a formação de caráter no seio familiar certamente terão dificuldade em compreender o sentido do respeito e do afeto dispensados aos outros.Os pais perderam os parâmetros na formação intelectual e emocional de seus filhos.

Na busca de ter sempre mais deixam os filhos aos cuidados de terceiros, estimulam o processo de competição apresentando um modelo padrão a ser seguido:ser forte, ser respeitado significa ser o melhor em tudo.Enquanto o interessante é mostrar o ser humano em sua essência, eu devo respeitar o meu semelhante e a mim mesma como alguém cheio de potencialidades ,mais com várias limitações, devo aprender a conviver com as diferenças,diferenças: externas e internas.

Não é porque alguém conseguiu ser melhor que eu,em determinada situação que sou um fracassado,ou ao contrário.Devo aprender a vibrar com a vitória do outro.

A ausência dos pais na formação dos filhos causa a culpa que é amenizada com o famoso "sim".A falta de limite de orientação de um "não" firme vai colaborar na formação de um adolescente infracionário que em sua inconsequência será capaz de agredir o fraco, atear fogo em um mendigo, espancar uma mulher e dar uma justificativa medíocre,que pensava se tratar de uma prostituta.O limite é um ato de amor e respeito.

Os pais que orientam colocam regras conseguem formar seres humanos.Ao contrário de outros que estão formandos verdadeiros monstros.
Precisamos de uma escola que prepara o educando para assumir o seu papel de cidadão livre da escravidão e alienação, capaz de criar e recriar sem necessidade de robotizar-se,capaz de superar as dificuldades,apto à mudanças e diferenças sem se sentir ameaçado.

O professor nesse processo é a essência,nele está inserida a esperança de uma educação fundamentada no amor e no respeito no relacionamento do educador-educando, o sentimento do amor ou ódio,apatia ou empatia, terá grande influência no processo ensino- aprendizagem.

O professor deve promover a busca pela autonomia,respeitar a opinião do educando e reconhecer suas potencialidades.Saber que não existe um ser vázio o educando traz consigo conhecimentos, ele tem sua história e faz parte da história dos outros.

Reconhecer que o processo de ensino-aprendizagem vai além dos muros da escola.O professor não é o detentor do conhecimento,portanto não pode ser o transmissor deve intermediar, fazer intervenções mostrando o caminho.Ora caminhando junto, ora permitindo que o aluno caminhe só, mais com a segurança de quem tem o mestre bem próximo,no caso de precisar é só estender a mão.

O professor deve ter intusiasmo, paixão, deve vibrar com as conquistas do educando.Jesus foi o melhor modelo de mestre, todos queriam aprender com ele: olhos arregalados,ouvidos atentos,Jesus seduzia,enamorava.Teve autoridade sem ser autoritário.Conquistava a multidão que permanecia com ele,olhava nos olhos,chamava pelo nome,conhecia as fraquezas e respeitava a história de vida de cada um.Ninguém era obrigado a seguir Jesus, o seguiam porquê ele os encantava, amava e permetia ser amado.
Ser um professor comprometido com a educação baseada no afeto é sem dúvida uma proposta desafiadora.

                                Os livros do Gabriel Chalita encontram-se também  na
                                                Livraria Universitária da UFSM.

Nenhum comentário: