Fonte : E.Educacional
Uma das abordagem para a Infância , reconhecida mundialmente como a melhor na atualidade , e que tem sido fonte de inspiração e estudo é Reggio Emilia , criada por Loris Malaguzzi. Sua história e fascinante . Surgiu no final da segunda guerra mundial . Na Itália um grupo de pais , preocupado com a destruição da escola , começou a reconstruir-la nos finas de semana. Como conseguir dinheiro ? venderam um tangue de guerra esquecido pelas tropas alemãs. Loris Malaguzzi , sabendo desta noticia , viaja ate o vilarejo de Reggio Emilia e começa assim uma abordagem de 0 a seis anos , que não pretendia ser uma creche para substituir a ausências dos pais , que necessitavam trabalhar , mas que realmente respeitasse os direitos das crianças , sua capacidade de aprender , sua curiosidade , e seu direito de ser criança . A abordagem foi amadurecendo ao longo dos anos , os resultados , ficaram conhecidos pela exposição que viaja ao mundo das produções artísticas das crianças. Não ! Não e uma escola de artes , eles compreendem o aprendizado simbólico da criança que passa pelas expressões artísticas . O interesse , sao alguns pontos como ouvir as crianças , observa-las e a partir da escuta , elaborar os projectos e currículos . As escolas não funcionam isoladas , a parceria com a comunidade , é fundamental . Quanto aos pais participam efetivamente de todo processo de aprendizado , seja colaborando com os projecto ,ou participando do conselho e reuniões. A criança sente segura, porque é respeitada em seus vínculos , que esta enraizada em um grupo social , uma comunidade mais amplas , e todas suas necessidade próprias da idade , são levadas em conta , como a "hora do soninho ", suas teorias e percepções e encorajada a ir além , construindo sua autonomia .
Para você conhecer mais sobre esta Abordagem vale a pena ler esta entrevista que o Portal Educacional ,entrevisto Maria Cecíllia Cury
Meu filho tem 2 anos e meio e já freqüenta a escola. Ele corre o risco de um dia enjoar de estudar por começar tão cedo? Existe alguma literatura indicada para essa questão?
Jamais uma criança vai enjoar de estudar por ter começado a freqüentar a escola infantil muito cedo. A escola infantil oferece inúmeras oportunidades para a criança expressar-se por meio de atividades prazerosas: pintura, desenho, música, movimento, leitura, escrita, escultura, dança, teatro. Além disso, toda e qualquer atividade na escola infantil é permeada pelo lúdico.
Tudo se transforma numa grande festa. Os jogos, os brinquedos, as brincadeiras estão sempre presentes e, o mais importante, a criança vai construindo hábitos e atitudes, competências e habilidades, valores e conhecimentos de uma forma leve, natural e agradável.
Além disso, a criança inicia a aprendizagem pela convivência. Diz um provérbio popular: “O melhor brinquedo para uma criança é outra criança”.
Na escola infantil, a criança convive com outras crianças, e isso é superdivertido. Ela passa a ter um grupo da sua idade para brincar, viver interessantes experiências e significativas trocas. No grupo, ela aprende as regras da convivência: dividir, partilhar, fazer valer seus direitos, respeitar o espaço e o direito do outro. É um grande ganho. Depoimentos de jovens adultos que começaram muito cedo em escolas infantis revelam uma lembrança muito positiva e cheia de afetividade daquela época.
Fique tranqüila. Seu filho está bem. Ninguém enjoa do que é bom.
Quanto à bibliografia, recomendo: Brincar na Pré-Escola. Gisela Wajskop. Ed. Artmed; Creche: Crianças, Faz-de-conta e Cia. Zilma de Moraes Oliveira. Ed. Cortez; e Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. Tizuko Kishimoto. Ed. Cortez.
Indico, ainda, as obras de Maria Tereza Maldonado como leitura interessante sobre a relação entre pais e filhos: Comunicação entre Pais e Filhos (Editora Saraiva) e Como Cuidar de Bebês e Crianças Pequenas. Para mais informações, acesse o site www.mtmaldonado.com.br
Você poderia citar quais são os critérios aplicativos do referencial pedagógico do Reggio Emilia para que possamos ampliar nosso conhecimento sobre sua teoria e prática, bem como bibliografias existentes? (Adelina Barbosa Ramos, Santos, SP)
Loris Malaguzzi, o idealizador da abordagem Reggio Emilia, pensou na escola como uma construção em contínuo ajuste que deve, de tempos em tempos, rever seu sistema sem interromper seu curso natural. Considerava fundamental que o sistema de escolarização se expandisse para o mundo da família, integrando-a e respeitando seu direito de conhecer e participar do trabalho desenvolvido pela escola. Ponderava ser essencial que o foco de seu sistema fosse a criança, mas não só ela. Era preciso que os professores e as famílias fossem vistas como centrais para a educação das crianças.
Em Reggio Emilia, a educação é estruturada tendo por base o relacionamento e a participação. A relação é a dimensão fundamental de conexão do sistema, entendido como uma conjunção dinâmica de forças e elementos interagindo para uma finalidade comum. É importante que a escola seja confortável, de modo que todos se sintam em casa e os três protagonistas principais possam incorporar maneiras de intensificar suas relações, garantindo total atenção aos problemas da educação e ativando a participação e a pesquisa.
A intensa atividade na exploração e criação em grupo refina habilidades de comunicação e ajuda o grupo a manter-se aberto e receptivo a mudanças.
O objetivo do projeto educacional Reggio Emilia é, segundo seus educadores, criar uma criança protagonista, investigadora, capaz de descobrir os significados das novas relações e de perceber os poderes de seus pensamentos por meio da síntese de todas as linguagens: expressivas, comunicativas e cognitivas.
Bibliografia:
Edwards, Carolyn. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Editora Artmed, 1999.
Malaguzzi, L. A historical outline, data, and information. Reggio Emilia, Italy: Center for Education Research.
Rabbit, G. A procura da dimensão perdida: uma escola de infância de Reggio Emilia. Editora Artmed.
Rinaldi, C. The Reggio Emilia approach. A paper presented at the Conference on the Hundred Languages of Children, Detroit, MI. 1991.
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